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Branquear a pele

7/5/2014

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O que é o clareamento ou o branqueamento da pele?

Os termos “clareamento da pele” e “branqueamento da pele” descrevem um processo estético no qual um paciente ou um cliente tenta mudar minimamente, moderadamente ou drasticamente a cor da sua pele à base de químicas. As pessoas que escolhem estes tratamentos querem uma apariência mais clara na pele. O motivo para o clareamento pode variar: algumas pessoas têm melasmas, cicatrices causadas pela acne, cirurgias e/ou feridas ou outras doenças superficiais na pele que causam uma distribuição desigual de melanina que as deixa com manchas escuras. Outras pessoas escolhem o branqueamento para associar-se mais com a classe da elite nas suas sociedades e/ou aceder um ideal de beleza que não alcançariam sem tais intervenções.

O que se usa para conseguir os resultados desejados?

O método mais popular e econômicamente acessível é a aplicação de pomadas que contêm a química hidroquinona à pele. Esta química interrompe a produção da melanina, que dá cor à pele. Outra forma de conseguir resultados semelhantes é fazer-se o tratamento de peeling no qual algumas capas da pele são removidas com ácido. Também, em várias culturas no mundo, para evitar o escurecimento da pele, se evita ser exposto/a ao sol e usam-se chapeus, bonés, cachecols e sombrinhas. Muitos aprendem desde infância que a pele escura não é desejável e incorporam nas suas práticas diárias hábitos de cobrir-se para proteger-se dos raios de sol.

Por qué é importante para o Brasil?

Segundo nossas discussões na aula, 53% da população brasileira se auto-declara “pardo” ou “preto.” Isso quer dizer que a probabilidade de ter traços negroides—evidências dessa herança—no fenótipo deve não ser somente aceito mas também deve ser esperado, junto com o cabelo crespo, os lábios carnudos e os narizes amplos. No entanto, a biologia e a sociedade se encontram em conflito. O físico insiste em ser visto e expressado e a sociedade exige e prefere outra aparência para a mobilidade social. Então a metade do país pode sofrer com problemas de baixo auto-estima e o desejo de mudar, transformar e evitar as manifestações naturais da sua identidade. Muitas pessoas que formaram e fortaleceram o Brasil são originárias da África e quanto mais se tarde em reconhecer esse fato, mais sofrimento haverá.

É um fenómeno exclusivamente restrito ao Brasil?

Esta prática se encontra em cada país onde há negros, por exemplo em Nigeria, no Caribe e no EUA, mas também em lugares como na India e na China onde o rosto pálido é extremamente vaslorizada, e ainda mais para as mulheres que procuram casamento.

Quais são os riscos?

Os processos mais seguros para o branqueamento são custosos e os produtos baratos não sempre são regulados, portanto, os seus ingredientes não são sempre conhecidos pelas mesmas pessoas que utilizam as pomadas para saturar os seus poros. Também alguns produtos podem ser menos ameaçadores que outros, mas sem atenção e conselho de dermatólogistas, as quantidades de uso e as freqüencias de uso podem ser danosos. O uso excessivo das pomadas popularmente vendidas podem debilitar a pele de modo permanente, deixando-la fraca, hiper-sensível e vulnerável para uma miríade de doenças.

Qual é a ironia do assunto?

Na vasta maioria dos casos, os procedimentos para o branqueamento da pele são puramente optativos. Além disso, dependendo da localização do paciente/cliente, um rosto escuro pode ser objeto de admiração ou de denigração, por isso a popularidade do branzeado. Está claro que a raiz desta prática se encontra nos valores das sociedades. E se o rosto branco continuar sendo o único associado com a beleza, o poder, a educação, a gentileza e a elite, toda pessoa de cor mais escura se verá de frente com o mesmo dilema.


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Cidade materna: Mid-City

7/5/2014

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 Minha cidade é a de Los Angeles. Se situa em uma parte extremamente ocidental do país. Somos—os habitantes/residentes—conhecidos pelos filmes que criamos, as praias que usufruimos e o clima com o qual Deus nos abençoou. (E, além disso, pelos terremotos e pelos incêndios naturais dos verões.) E, sem dúvida,pel a Disneylandia. (É importante mencionar, de forma obrigatória, essa rua que temos em Hollywood, decorada com estrelas, também.) [Se quiser ver o mapa, nasci onde está à estrela a direita; fiz o secundário onde está a estrela ao norte,  no meio; assisti à universidade onde está a estrela à esquerda.] Mas a verdade é que essas coisas turísticas me trazem pouco orgulho. São outras as que me fazem considerar Los Angeles o meu “lar.”

Pois primeiro nasci lá—óbvio—e vivi lá por 24 anos. De qualquer forma, são os sabores e a forte influência dos mexicanos que fazem a cidade distinta. Quanto à comida, acho que me identifico mais com eles que conosco, os chamados afro-americanos. Em Los Angeles, aprendi qual era o meu prato favorito—e isso depois de ser exposta ao kimchi coreano, ao pho vietnamita e à sopa de matzo judea. Em Los Angeles, soube o que era ser diferente. Em Los Angeles, conheci a história da migração, a mestiçagem e o que é ter medo de meu próprio talento. (A minha cidade é o lugar onde os sonhos podem te sustentar e também podem te sufocar.)

A cidade é muito ampla e nesse respeito distinta das cidades do leste do país. Os prédios em Nova Iorque são altos; os meus são amplos e relativamente falando baixos. Los Angeles também é bastante segregada. Temos o Compton e Inglewood ao Sudeste onde moram os afro-americanos; Santa Monica, Malibu, Beverly Hills e Hancock Park ao Noroeste com brancos, judeus e famosos; Koreatown, Little Tokyo, Downtown e East L.A. ao leste do centro. Minha família se encontra em Mid-City, no meio de tudo, fato o qual me parece ser apropiado considerando as nossas misturas e histórias.

Para responder diretamente as perguntas do tema: Minha cidade é ampla, quente, diversa e cheia de rodovias. As pessoas que vivem lá são principalmente de herança mexicana. A cidade oferece as praias das quais muitas pessoas gostam. Quando tenho tempo livre, gosto de ir com a minha família ou com amigos aos restaurantes La Taquiza e Urth; ao primeiro para comer “enchiladas” e ao segundo para experimentar uma variedade de sobremesas bem elaboradas. Não gosto da quantidade de pessoas em Los Angeles. Faz cinco anos que eu não moro mais lá e parece que cada vez que volto para visitar, há mais pessoas.  Los Angeles, como todo lugar em Estados Unidos, tem dificuldade para integrar os afro-americanos na sociedade. Ainda sofremos com as questões de acesso equilibrado à educação superior, o encarceramento de nossos jovens e a dependência prolongada e quase permanente dos serviços sociais—muitas pessoas nunca chegam a se livrar deles com trabalho e ganhos próprios. Também existe um racismo prejudicial entre os grupos minoritários, o qual servia como o primeiro impulso que me motivou a estudar as línguas estrangeiras.


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