Minha cidade é a de Los Angeles. Se situa em uma parte extremamente ocidental do país. Somos—os habitantes/residentes—conhecidos pelos filmes que criamos, as praias que usufruimos e o clima com o qual Deus nos abençoou. (E, além disso, pelos terremotos e pelos incêndios naturais dos verões.) E, sem dúvida,pel a Disneylandia. (É importante mencionar, de forma obrigatória, essa rua que temos em Hollywood, decorada com estrelas, também.) [Se quiser ver o mapa, nasci onde está à estrela a direita; fiz o secundário onde está a estrela ao norte, no meio; assisti à universidade onde está a estrela à esquerda.] Mas a verdade é que essas coisas turísticas me trazem pouco orgulho. São outras as que me fazem considerar Los Angeles o meu “lar.” Pois primeiro nasci lá—óbvio—e vivi lá por 24 anos. De qualquer forma, são os sabores e a forte influência dos mexicanos que fazem a cidade distinta. Quanto à comida, acho que me identifico mais com eles que conosco, os chamados afro-americanos. Em Los Angeles, aprendi qual era o meu prato favorito—e isso depois de ser exposta ao kimchi coreano, ao pho vietnamita e à sopa de matzo judea. Em Los Angeles, soube o que era ser diferente. Em Los Angeles, conheci a história da migração, a mestiçagem e o que é ter medo de meu próprio talento. (A minha cidade é o lugar onde os sonhos podem te sustentar e também podem te sufocar.) A cidade é muito ampla e nesse respeito distinta das cidades do leste do país. Os prédios em Nova Iorque são altos; os meus são amplos e relativamente falando baixos. Los Angeles também é bastante segregada. Temos o Compton e Inglewood ao Sudeste onde moram os afro-americanos; Santa Monica, Malibu, Beverly Hills e Hancock Park ao Noroeste com brancos, judeus e famosos; Koreatown, Little Tokyo, Downtown e East L.A. ao leste do centro. Minha família se encontra em Mid-City, no meio de tudo, fato o qual me parece ser apropiado considerando as nossas misturas e histórias. Para responder diretamente as perguntas do tema: Minha cidade é ampla, quente, diversa e cheia de rodovias. As pessoas que vivem lá são principalmente de herança mexicana. A cidade oferece as praias das quais muitas pessoas gostam. Quando tenho tempo livre, gosto de ir com a minha família ou com amigos aos restaurantes La Taquiza e Urth; ao primeiro para comer “enchiladas” e ao segundo para experimentar uma variedade de sobremesas bem elaboradas. Não gosto da quantidade de pessoas em Los Angeles. Faz cinco anos que eu não moro mais lá e parece que cada vez que volto para visitar, há mais pessoas. Los Angeles, como todo lugar em Estados Unidos, tem dificuldade para integrar os afro-americanos na sociedade. Ainda sofremos com as questões de acesso equilibrado à educação superior, o encarceramento de nossos jovens e a dependência prolongada e quase permanente dos serviços sociais—muitas pessoas nunca chegam a se livrar deles com trabalho e ganhos próprios. Também existe um racismo prejudicial entre os grupos minoritários, o qual servia como o primeiro impulso que me motivou a estudar as línguas estrangeiras.
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February 2020
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